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Brasil quer propor Diversidade de Raça e Gênero como Critério para Investimento Sustentável na COP30

Ministério da Fazenda argumenta que a harmonização global desses padrões é viável, apesar de possíveis ventos políticos contrários

O Brasil pretende propor na cúpula climática COP30 que os países incluam a diversidade de raça e gênero como um critério internacional para classificar investimentos sustentáveis, disse uma autoridade do Ministério da Fazenda à Reuters, argumentando que a harmonização global desses padrões é viável, apesar de possíveis ventos políticos contrários.

Em entrevista, a subsecretária de Desenvolvimento Econômico Sustentável da Fazenda, Cristina Reis, disse que a estratégia de transformação ecológica do Brasil não muda em nada com o retorno à presidência dos Estados Unidos de Donald Trump — um crítico de políticas de diversidade e defensor de ações de desenvolvimento que colocam de lado a pauta de proteção ambiental.

“Esse alinhamento internacional… sofre derrotas locais, no tempo e no espaço, mas tem um direcionamento comum que eu acho que continua porque a gente tem um problema objetivo que compromete a vida, que é a mudança climática”, disse.

Enquanto se prepara para sediar a COP30 em Belém, em novembro, o governo brasileiro coleta subsídios em uma consulta pública aberta até março para desenvolver sua taxonomia nacional, um sistema para classificar setores, projetos e ativos sustentáveis com a finalidade de mobilizar investimentos.

Plataforma de Investimentos

Após lançar em 2024 uma plataforma para alavancar investimentos estrangeiros verdes, Reis afirmou que o governo vai implementar neste mês uma nova iniciativa para acelerar a triagem de projetos estratégicos. A plataforma já em funcionamento visa selecionar projetos estruturados em áreas de transformação ecológica e atuar ativamente na busca por investidores internacionais e mecanismos de financiamento. O novo projeto prevê uma parceria entre Fazenda, Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) e o chamado Conselhão (Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável) para turbinar a plataforma. Segundo ela, uma equipe foi contratada para se debruçar sobre projetos voltados à transformação ecológica, além de mapear as barreiras para que eles saiam do papel e propor soluções. O projeto vai vigorar por um ano, mas o plano do governo é chegar à COP30 com o material pronto para que um portfólio mais robusto de potenciais investimentos no Brasil seja apresentado aos participantes da cúpula, disse Reis.

Leia a reportagem completa

Via Forbes Brasil

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