Inflação ao consumidor dos EUA sobe mais que projeção e pressiona Fed

A inflação de janeiro nos EUA, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC ou CPI em inglês), subiu mais do que o esperado, indicando uma piora das perspectivas para a economia e consolidando a probabilidade de aumentos substanciais das taxas de juros este ano pelo Federal Reserve (Fed).
O indicador avançou 0,6% em janeiro, quando o mercado projetava 0,4%. Na comparação anual, o avanço é de 7,5%, quando a expectativa era 7,2%.
Com isso, aumenta a pressão para que o Fed endureça o discurso e avance com os juros a partir de março.
Até aqui, o mercado vinha apostando em alta de juros de 0,25 ponto porcentual para 16 de março. Mas os próximos passos são incertos: já há quem cogite 0,5 p.p. e até sete altas sequenciais ao longo de 2022.
Excluindo os custos voláteis de gás e mantimentos, o núcleo do CPI aumentou 6% na comparação anual, ante a estimativa de 5,9%.
As taxas mensais também ficaram mais quentes do que o esperado, com o principal e o núcleo do CPI subindo 0,6%, em comparação com as estimativas de um aumento de 0,4% em ambas as medidas.
O núcleo da inflação subiu em seu nível mais rápido desde agosto de 1982.
Por Cláudia Zucare Boscoli via euqueroinvestir.com