Conforme ciclos de aperto monetário se aproximam do que se espera ser metade do caminho, bancos centrais de todo mundo ensaiam movimento de calibragem
Galopante mundo afora, a inflação impacta diretamente um dos fatores mais determinantes no desempenho do mercado acionário: a taxa de juros.
Conforme os ciclos de aperto monetário se aproximam do que se espera ser a metade do caminho, bancos centrais de todo o mundo ensaiam um movimento de calibragem sobre o nível de agressividade dos ajustes daqui para frente para domar a inflação.
O Banco da Reserva da Austrália (RBA, na sigla em inglês), por exemplo, moderou a alta na taxa de juros na última terça-feira (4): ao invés de optar por um aumento de 50 pontos-base, como esperava boa parte dos analistas de mercado, abrandou a subida a 25 pontos-base, a 2,60%.
A justificativa para a decisão do banco central australiano reside na estratégia de avaliar o impacto que as últimas quatro altas tiveram sobre a economia e, sobretudo, na inflação, que atingiu o patamar de 6,8% em agosto.
O Brasil, por outro lado, já não vive mais esse cenário. Embora a taxa Selic seja a maior do mundo em termos de juros reais, a 13,75% ao ano, ela já atingiu seu pico — e, agora, a dúvida paira sobre quando é que ela começará a cair.
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em São Paulo via CNN Brasil