5 lideranças brasileiras que transformaram o Brasil

Não à toa, a presença de mulheres na liderança começa a dar sinais de crescimento no país. Segundo o Panorama Mulheres 2023, realizado pelo Talenses Group e pelo Insper, as CEOs mulheres passaram de 13%, em 2019, para 17% em 2022. Já no setor público, a porcentagem de mulheres em cargos de alta liderança saltou de 29% para 34%.
Porém, para que os grandes feitos dessas mulheres sejam reconhecidos devidamente, é preciso saber que elas existem. Por isso, esta lista destaca 5 lideranças femininas que contribuíram e contribuem com esse cenário de pioneirismo no país. Confira a seguir:
Aos 22 anos, Nísia Floresta escreveu o livro “Direitos das mulheres e injustiça dos homens”, o primeiro entre outras 14 obras publicadas pela educadora, jornalista e poetisa em defesa dos Direitos Humanos no Brasil. Geralmente, utilizava os veículos para propagar ideais republicanos, abolicionistas e defensores dos direitos de mulheres, escravizados e indígenas.
Dois anos depois da conquista do voto feminino, Antonieta de Barros (1901-1952) se tornou a terceira mulher e a primeira parlamentar negra a ser eleita no Brasil, em 1935. Filha de ex-escravizada e natural de Florianópolis (SC), a deputada tinha a educação como causa e ofício.
A psiquiatra alagoana Nise da Silveira é pioneira em muitas áreas: uma das primeiras mulheres a se formar em Medicina no Brasil, foi a única em uma turma de mais de 150 homens. Também foi pioneira da psicologia junguiana no país, bem como das pesquisas sobre a relação emocional de pacientes com animais.
Mas seu grande legado está no uso da arte como tratamento para transtornos mentais. Quando coordenou o Centro Psiquiátrico Nacional Pedro II, no Rio de Janeiro, Nise partiu na contramão das técnicas utilizadas nos sanatórios da época, que geralmente envolviam lobotomia, camisas de força e confinamento.
Nascida e criada em São Paulo (SP), Adriana Barbosa trilha o caminho do empreendedorismo desde os 12 anos de idade, quando ajudava a complementar a renda da família. Mesmo trabalhando na área de Comunicação, ela seguiu frequentando feiras de empreendedorismo, o que a motivou a criar um evento que valorizasse a cultura negra nesses espaços. Assim nasceu a Feira Preta. A empreendedora foi a primeira mulher negra a ser indicada na lista de Inovadores Sociais do Mundo, pelo Fórum Econômico Mundial.
A trajetória de empreendedorismo social da designer Karen Santos nasceu a partir de uma dor pessoal: a escassez de mulheres pretas no mercado digital. Quando migrou para a área de UX (Experiência do Usuário), sentiu a necessidade de trocar experiências com outras profissionais negras.
Por isso, a UX para Minas Pretas nasceu como uma comunidade, mas rapidamente se tornou uma startup de educação (edtech), com objetivo de capacitar mulheres negras na área de UX Design.
Via Fundação Lemann