Inter&Co aposta em brasileiros na Flórida para crescer nos EUA

Mas nos EUA, o banco digital precisará superar os obstáculos de construir sua presença do zero em um país onde empresas do setor têm tido dificuldades para conquistar espaço contra instituições financeiras estabelecidas.
O Inter lançou operações nos EUA com uma sede em Miami em 2021 e, em maio, expandiu presença física com um “lounge” para clientes em Orlando, um ponto de concentração de imigrantes e turistas brasileiros.
“Orlando é a cidade mais brasileira fora do Brasil“, disse à Reuters o presidente-executivo, João Vitor Menin. Segundo ele, o Inter tem como foco inicial brasileiros que viajam ou vivem nos EUA, para depois ampliar para outros clientes norte-americanos que queiram ter a chamada “conta global” do banco, em dólares.
Este ano, o Inter adquiriu os direitos sobre o nome do estádio de futebol de Orlando, onde atuam vários brasileiros, incluindo Marta.
O Inter tem 3,1 milhões de clientes de sua conta global, a maioria morando no Brasil, enquanto “um pouco mais” de 250 mil estão nos EUA, disse Menin.
“Quando a gente pensa nesse conceito de conta global, nós precisamos estar nos EUA, porque tudo gira em torno da economia dos EUA“, disse Menin.
O executivo afirmou que o mercado norte-americano representa “uma oportunidade, e não um desafio” para a empresa.
O Inter&Co tem meta de alcançar 60 milhões de clientes até o final de 2027. Se a taxa de crescimento atual for mantida, cerca de 6 milhões desses clientes devem ter contas globais, estimou Menin, acrescentando que o banco avalia no futuro uma possível expansão ao mercado europeu.
Por Andre Romani e Kylie Madry via Reuters