O Instituto de Pesquisas em Tecnologia e Inovação (IPTI) utiliza dados e inteligência artificial para promover agricultura local e melhorar índices nutricionais de escolas
Quando o assunto são as tecnologias sociais, o Brasil tem um potencial imenso a explorar. Com uma criatividade invejável, pesquisadores têm construído pontes entre os setores público, privado e comunidades mais vulneráveis. É este o caso da NHAM, iniciativa que busca promover a agricultura familiar e combater as altas taxas de anemia nas crianças e adolescentes da rede pública de ensino em Santa Luzia do Itanhy, em Sergipe, um dos municípios com um dos menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil.
Quem está por trás dessa investida é o Instituto de Pesquisas em Tecnologia e Inovação (IPTI), que trabalha desde 2003 na promoção de tecnologias sociais nas áreas de educação básica, educação empreendedora e saúde básica, apoiados no que denominam The Human Project, um modelo de desenvolvimento pautado na educação, cultura, inovação e tecnologia.
“Foi em 2010 que decidimos sair de São Paulo e levar o nosso centro de pesquisa e de desenvolvimento para Santa Luzia do Itanhy, em Sergipe, uma região de extrema pobreza para que pudéssemos desenvolver tecnologias sociais que atendam às demandas da maioria dos municípios brasileiros e também de comunidades de outros países da América Latina e África”, afirma Saulo Barretto, cofundador do IPTI e responsável pelas atividades de relacionamento institucional e de novos negócios.
Por Nicole Wey Gasparini, do Um Só Planeta